Importância da conscientização dos programas de saúde mental nas empresas

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Saúde mental, tratamento psicológico ou psiquiátrico, para muitos ainda é um verdadeiro tabu. Porém, felizmente temos visto uma verdadeira revolução acontecer em muitas empresas espalhadas pelo Brasil: a saúde mental no ambiente corporativo passa a ser uma meta a alcançar, através de uma gestão mais humanizada, e o número de programas voltados para o cuidado dos profissionais ganha destaque em diversas organizações, que percebem a importância dessa abordagem de forma prévia para evitar maiores prejuízos ao seu corpo de colaboradores.

A Síndrome de Burnout afastou e afasta muitos profissionais de suas atividades laborais, assim como a depressão, a ansiedade o TDAH severo e muitos outros processos mentais depreciativos que passaram a fazer parte do ambiente de trabalho. Fatores que provocaram a necessidade de mudança. Porém, temos ciência que implantar práticas de acolhimento mental faz parte de um trabalho de formiguinha com diversas ações a serem desenvolvidas para equilibrar o ambiente organizacional e fazer com que os colaboradores se sintam mais envolvidos em todos os processos gerando muitos impactos positivos para uma empresa que aposta em uma gestão humanizada.

A gestão humanizada faz com que o funcionário deixe de ser visto como um simples empregado que possui diversas funções. Ele precisa ser encarado como uma peça chave importante na construção de uma empresa sólida e bem-sucedida. Até porque quanto mais feliz e equilibrado emocionalmente ele esteja, mais engajado ele estará. É muito importante valorizar o profissional enquanto ser humano, para que ele tenha a possibilidade de crescer, pessoalmente e profissionalmente.

Sendo assim, pensando na saúde mental, algumas empresas já adotam vários programas específicos, como: apoio psicológico, palestras informativas, estímulo a adoção de práticas de atividades físicas, concessão de folgas eventuais, possibilidade de redução da carga horária, dinâmicas quinzenais para auxiliar na integração do indivíduo bem como na melhoria da qualidade do ambiente corporativo. Ações conjuntas para banir episódios de ansiedade, depressão, Burnout, pânico, entre outras dores emocionais que geram o adoecimento do grupo e do ser humano em si.

Com isso, o profissional que trabalha em troca de receber, ao final do mês, um determinado salário ou benefícios, passa a ser visto como um componente que acompanha as estratégias da alta direção, empregando esforços em busca de um objetivo comum que traga benefícios para a sociedade como um todo, além de olhar para si mesmo como um ser único e especial, respeitando seus limites físicos e psíquicos. Visto que, onde reina o respeito, a valorização e a atenção com saúde mental, os envolvidos tendem a trabalhar mais motivados através dessa cultura que oferece todas as condições para que o equilíbrio seja promovido em todas as relações existentes dentro da empresa.

Enfim, o primeiro passo é estimular o diálogo e a escuta ativa. A comunicação eficaz é a melhor experiência da organização, se tornando a base para a construção de relações sólidas, leves e salutares. Os ambientes de convivência. Estes devem possibilitar a interação e instigar sensações de leveza e descanso ao trabalhador. Pequenos detalhes que geram reconhecimento e o espírito de pertencimento em todos dentro do ambiente corporativo. Auxiliando também no equilíbrio físico e mental dos integrantes da empresa.


Andrea Ladislau

Dra. Andréa Ladislau   

Psicanalista (SPM); Doutora em Psicanálise, membro da Academia Fluminense de Letras –cadeira de número 15 de Ciências Sociais; administradora hospitalar e gestão em saúde (AIEC/Estácio); pós-graduada em Psicopedagogia e Inclusão Social (Facei); professora na graduação em Psicanálise; embaixadora e diplomata In The World Academy of Human Sciences US Ambassador In Niterói; membro do Conselho de Comissão de Ética e Acompanhamento Profissional do Instituto Miesperanza; professora associada no Instituto Universitário de Pesquisa em Psicanálise da Universidade Católica de Sanctae Mariae do Congo; professora associada do Departamento de Psicanálise du Saint Peter and Saint Paul Lutheran Institute au Canada, situado em souhaites; graduada em Letras – Português e Inglês pela PUC de Belo Horizonte.

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