O ator e roteirista Gabriel Coppola está em meio à pré-produção do filme autoral “Olhos Em Mim”, que retrata um drama psicológico com temática queer que mergulha nas complexidades do desejo reprimido e da identidade. A obra marca um novo passo na carreira do ator, que está vivendo a experiência de estar em todas as etapas de uma obra cinematográfica, tanto em frente como atrás das câmeras.
O artista conta que essa fase da pré-produção têm muitos desafios, porque além de atuar, também está envolvido em todas partes da criação e isso tem sido uma verdadeira montanha russa. “Às vezes é assustador, mas na maioria das vezes, é apaixonante”, revela o ator.
“Olhos em Mim” é um drama psicológico intenso e sensorial que explora as violências não ditas e os silêncios que se acumulam quando o desejo entra em conflito com a identidade. O filme narra a história de Rafael, que, em um relacionamento estável, é confrontado por um desejo inesperado que desestabiliza suas certezas.
Gabriel conta que a cada encontro com a equipe para discutir sobre o filme, o projeto cresce. “Ele vai se refinando, ganhando textura, alma. A ideia original continua ali, mas o que está nascendo agora é muito mais potente do que eu coloquei no papel. A sensação é que ‘Olhos Em Mim’ já está vivo antes mesmo das câmeras rodarem e isso é mágico”, confidencia.
Sobre o elenco, o artista revela que já está definido, porém ainda é segredo. Ele também confessa que ao criar o filme pensava muito em reconhecimento, porém hoje em dia, o que mais importa para ele é que o filme encontre seu lugar entre tantas outras narrativas queer que merecem existir, circular e tocar. Seu desejo maior é que o filme provoque sentimentos e reflexões duradouras. “Se ele conseguir alcançar alguém de verdade, provocar uma conversa ou uma ferida que ainda não foi olhada já valeu. E se vierem festivais e prêmios, ótimo. Mas não é o centro. O centro é a entrega”, afirma.
O ator desabafa que essa obra nasceu de um lugar muito íntimo seu, de silêncios guardados por muito tempo e “colocar isso no mundo é um ato de coragem e afeto”, admite. Gabriel ainda diz quais são suas expectativas para o lançamento do filme: “Não quero que o público apenas assista, quero que sinta. Que se permita mergulhar no desconforto, na beleza, na confusão que é ser humano”, finaliza.
O filme está previsto para ser lançado nos festivais de 2026.