Estudantes do Rio de Janeiro participam, nos USA, da maior feira de ciência e engenharia do mundo

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Duas estudantes cariocas estarão representando o Brasil e o Rio de Janeiro na Regeneron ISEF (International Science and Engineering Fair), que acontece entre os dias 13 e 19 de maio, em Dallas, Texas (EUA), considerada a maior feira pré-universitária de ciências do mundo.

Elas foram premiadas na Mostratec (Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia), que é considerada a maior feira de jovens pesquisadores da América Latina. 

Conheça o projeto do Rio de Janeiro que foi credenciado através da Mostratec:

Dispositivo Eletrônico para auxiliar na correção da síndrome do pé caído

Estudantes: Eloah Marvila Padrone (18 anos) (eloaherebecamg@gmail.com – (21) 98584-4762) e Rebeca Apolinário Goulart (17 anos) (bebelgoularte@gmail.com – (21) 96924-5349)

Orientador: Altair Martins dos Santos

Instituição: Escola Técnica Estadual Henrique Lage – Niterói/RJ

Atualmente, com o aprimoramento dos dispositivos eletrônicos e os avanços científicos nas áreas da medicina, não é surpresa que a integração dessas áreas realizasse feitos grandiosos e revolucionários para o mundo. A engenharia de reabilitação, a engenharia biomédica, a bioeletrônica e a tecnologia assistiva são ótimos exemplos de áreas que criam novas técnicas a fim de melhorar a qualidade de vida das pessoas, facilitar os procedimentos já existentes e ajudar a cuidar do paciente em um ritmo mais rápido.

Nesse sentido, lesões em determinadas partes do corpo podem deixar sequelas bem profundas, que afetam a vida e o dia a dia de seus portadores. Quando se fala do pé caído ou marcha escarvante, trata-se de uma consequência de uma lesão no nervo fibular, cuja pessoa não é mais capaz de fazer o movimento de dorsiflexão, o que acaba mudando a sua marcha, dificultando o andar e, devido a isso, provocando quedas constantes. Apesar de já ter sido desenvolvido uma órtese para que a marcha patológica escarvante se torne mais próxima da marcha humana normal, mesmo com o uso dela, o pé do usuário fica paralisado e seus movimentos limitados, sendo pouco eficiente.

Pensando nisso, está sendo elaborado um dispositivo para auxiliar na correção desta síndrome que, com a ajuda de um microcontrolador recebendo informações de um acelerômetro, que mede a inclinação do pé no momento do passo, e um sensor de ultrassom, que monitora a sua distância em relação ao chão, atuando em um motor de passo para elevar a sua posição no momento exato, possibilitará a execução do movimento de dorsiflexão e uma maior flexibilidade para o andar do portador. Para os testes foi montado um protótipo simulando uma perna onde foi instalado o sistema e testado, dentre outros fatores que envolvem o motor de passo, o melhor ângulo para ativá-lo, o tempo, a velocidade e o torque para proporcionar um movimento correto, e a distância que este deve estar do solo para destravá-lo assim que o calcanhar do usuário toque o chão.

Ao fim de todo esse processo, o objetivo será ir aprimorando-o e tornando-o mais compacto possível até que seja possível, com a autorização de um comitê de ética, testá-lo em uma pessoa portadora da síndrome sem riscos de acidentes.   

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