Endometriose e gravidez: desafios e possibilidades para mulheres que sonham em ser mães

Redação
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Ginecologista Núbia Fontes explica como a doença pode impactar a fertilidade e quais caminhos a medicina oferece para superar os obstáculos

A endometriose é uma condição inflamatória crônica que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero, a doença pode causar dor intensa, alterações menstruais e, em muitos casos, dificuldade para engravidar.

A ginecologista e obstetra Dra. Núbia Fontes explica que o impacto da endometriose na fertilidade está relacionado tanto à inflamação quanto às alterações anatômicas que ela provoca. “A endometriose pode comprometer as trompas, alterar a qualidade dos óvulos e dificultar a implantação do embrião. Além disso, a inflamação pélvica crônica cria um ambiente menos favorável para a gestação”, afirma.

Nem sempre a endometriose impede a gravidez

Apesar das dificuldades, a endometriose não significa, necessariamente, infertilidade. “Muitas mulheres com endometriose conseguem engravidar de forma natural, especialmente quando a doença é diagnosticada precocemente e tratada de maneira adequada”, explica a especialista.

Ela ressalta, no entanto, que cada caso deve ser avaliado individualmente. “Existem diferentes estágios da endometriose, e a conduta varia de acordo com o grau da doença, a idade da paciente e o tempo de tentativa de engravidar. Algumas mulheres precisam de acompanhamento mais próximo, enquanto outras podem necessitar de técnicas de reprodução assistida.”

Avanços da medicina ampliam as chances

Com o avanço das técnicas de fertilização e reprodução assistida, as perspectivas para mulheres com endometriose têm se tornado mais positivas. “A medicina tem oferecido recursos que ampliam consideravelmente as chances de gravidez. Procedimentos como a fertilização in vitro podem contornar as barreiras físicas e inflamatórias da doença”, destaca Núbia Fontes.

A importância do diagnóstico precoce

Um dos maiores desafios da endometriose continua sendo a demora no diagnóstico. Muitas mulheres passam anos convivendo com dor pélvica sem saber que têm a doença. “Quanto mais cedo a endometriose for identificada, maiores são as chances de preservar a fertilidade e oferecer um tratamento adequado. É essencial que as mulheres não normalizem a dor intensa durante o ciclo menstrual”, alerta a ginecologista.

Esperança para quem deseja engravidar

Para a Dra. Núbia, o mais importante é transmitir confiança às pacientes. “Ter endometriose não significa abrir mão do sonho da maternidade. Com acompanhamento médico especializado, diagnóstico preciso e, quando necessário, técnicas de reprodução assistida, é possível superar muitos dos obstáculos que a doença impõe”, conclui.

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