Emma Monteiro da Rocha: a poesia do invisível entre o Japão e o Rio

Franco-brasileira, artista transforma a fotografia em gesto de memória, beleza e transcendência

Ava Galleria Rio
Ava Galleria Rio - Exposição de Arte
3 min. leitura

Filha de muitas culturas, Emma Monteiro da Rocha cresceu entre países, idiomas e paisagens. Desde cedo, aprendeu a perceber o mundo com olhos atentos ao efêmero – ao instante que se revela e desaparece quase ao mesmo tempo. A fotografia, para ela, é um modo de preservar o invisível: o respiro entre o que se vê e o que se sente.

Do Japão ao Rio: um percurso de sensibilidade

Em 2025, Emma participou de dois importantes momentos do calendário artístico sob a curadoria de Edson Cardoso, reafirmando sua presença no cenário contemporâneo como uma artista cuja obra transcende fronteiras.

Entre 30 de setembro e 5 de outubro, integrou o AVA Art Festival, em Osaka, no Japão — evento que celebrou os 130 anos de amizade entre Brasil e Japão e reuniu artistas de diferentes países em torno do tema da convivência cultural. As obras de Emma encantaram o público japonês pela delicadeza com que transformam o instante em eternidade. Suas imagens parecem suspender o tempo: nelas, a luz se torna palavra, o silêncio vira cor.

Emma Monteiro

Poucos dias depois, sua arte desembarcou no Rio de Janeiro para a exposição “O Registro do Olhar”, em cartaz de 4 a 25 de outubro de 2025, na Rua Orestes, 28, em Santo Cristo. A mostra reúne fotógrafos e artistas visuais que exploram, cada um à sua maneira, o poder de ver além da superfície. A delicadeza de Emma se destacou entre os convidados, e uma de suas obras foi escolhida como peça de divulgação oficial do evento – um reconhecimento à força estética e poética de sua produção.

Para Emma Monteiro da Rocha, fotografar é um ato de evocação. É chamar à luz algo que vive na sombra da lembrança. Suas imagens trazem vestígios de lugares, rostos e atmosferas, mas o foco real está sempre no invisível – na vibração que une o passado ao presente, o olhar ao sentimento.

Há uma doçura quase musical em suas composições. Cada fotografia é uma pausa no tempo, um convite ao silêncio. E, como em um poema, as palavras que não estão ali são justamente as que mais dizem.

Entre memória e transcendência

A artista, que também participou da Exposição Comemorativa de 150 anos do Jockey Club de São Paulo, segue construindo uma trajetória marcada pela sensibilidade, pela sutileza e pela busca da essência. Sua obra atravessa fronteiras geográficas e emocionais, conectando o olhar europeu à alma brasileira.

Emma fotografa o que não se pode tocar – e, talvez por isso, sua arte toque tão profundamente quem a contempla.

Instagram: @emmamonteirodarocha

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