“Quando estamos diante de algo grandioso, há tanto para se dizer que a melhor forma de se manifestar é apenas com a contemplação do silêncio”. Esta é uma afirmação feita por Emicida que se encaixa perfeitamente em muitos momentos da vida, inclusive antes de dar o play nas 11 faixas que compõem AmarElo, lançado pelo cantor e compositor paulistano em 2019. Sabendo da grandiosidade deste trabalho, desenvolvido pela sua gravadora Laboratório Fantasma e distribuído pela Sony Music Brasil, o artista fez uma parceria com a Deezer que resultou em uma faixa de abertura na plataforma. Intitulada “Silêncio”, a música – literalmente em silêncio – prepara o público para um importante momento de reflexão. Com um videoclipe feito pela agência AKQA, “Silêncio” teve o seu registro audiovisual lançado no intervalo do Jornal Nacional, da Rede Globo, e, dali em diante, gerou diálogos e alcançou o mundo. Nesta semana, a campanha ganhou o Leão de Bronze em Cannes na categoria de midia – uso de plataformas de áudio.
AmarElo foi pensado por Emicida não apenas como um álbum, mas como um experimento social, um agente de transformação que comprova que é possível transformar lugares e a vida das pessoas por meio da música. O trabalho transversal e multiplataforma se desmembrou em produtos e subprodutos, integrando plataformas, o ambiente off-line e digital. Entre as iniciativas, destacam-se o podcast AmarElo – O Filme Invisível, o projeto multiplataforma AmarElo Prisma, que, além de podcast, virou uma série documental em dois episódios para o canal GNT, e o show no Theatro Municipal. Este último serviu de fio condutor para o documentário AmarElo – É Tudo pra Ontem, disponível na Netflix. No dia 15 de julho, o artista coloca mais um elemento nesse organismo ao disponibilizar o registro AmarElo – Ao Vivo na Netflix e também nas plataformas de streaming de áudio.
Ao ser reconhecido em uma premiação de publicidade importante como Cannes, Emicida reforça a sua habilidade de pensar e realizar projetos que são executados de forma exímia não apenas na parte musical, mas em sua completude – seja na campanha de lançamento, no show, no merchandising ou em qualquer iniciativa relacionada a ele. Toda a estratégia e execução do projeto foram conduzidas por Emicida ao lado do seu irmão, o empresário Evandro Fióti, por meio da empresa de entretenimento deles, a LAB Fantasma.
Além do Leão de Bronze em Cannes, AmarElo rendeu a Emicida: o Grammy Latino de “Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa” (sendo o primeiro artista do rap brasileiro a ganhar nesta categoria); e o Prêmio Multishow na categoria “Álbum do Ano”. Atualmente, ele ainda concorre ao BET Awards, na categoria melhor artista internacional, e ao Prémios da Música Portuguesa, na categoria “Prémio Lusofonia”, com a música “É Tudo Pra Ontem”, que tem a participação de Gilberto Gil.
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