Duo de canto e piano formado por Caê Vieira e Silas Barbosa faz show gratuito na Casa Museu Eva Klabin

“Canções de Sehnsucht e Saudades” faz parte da programação da série Concertos de Eva deste sábado

7 min. leitura
Caê Vieira e Silas Barbosa (Foto: Leticia Correa)

A programação da série Concertos de Eva recebe sua sétima apresentação deste ano com o Duo de canto e piano Caê Vieira (tenor) e Silas Barbosa (piano). Juntos desde 2019, a dupla tem se dedicado ao Lied (Canção) alemão e à Canção de Câmara Brasileira. O público confere a única apresentação neste sábado (13), às 17h, no auditório da Casa Museu Eva Klabin, na Lagoa. A entrada é gratuita e por ordem de chegada. Evento sujeito a lotação.

No Concerto Canções de Sehnsucht e Saudade, o Duo apresenta uma seleção de canções de câmara de alguns dos principais compositores da Alemanha do século XIX e do Brasil dos séculos XIX e XX. “O repertório traz uma rica amostra das formas como os sentimentos de ausência, de falta e de ansiedade foram explorados pelos poetas e compositores dos dois países em canções emblemáticas”, afirma Caê Vieira.

“Sehnsucht” é uma palavra do idioma alemão que se aproxima da palavra “saudade” da língua portuguesa. A escolha do repertório traz ao público as várias perspectivas que envolvem esses significados em obras dos europeus Franz Schubert, Robert Schumann e Ludwig van Beethoven e dos brasileiros Alberto Costa, Alberto Nepomuceno, César Guerra-Peixe Francisco Mignone, Heitor Villa-Lobos, Hekel Tavares e Mozart Camargo Guarnieri.

O Duo começou em 2019, quando Caê Vieira e Silas Barbosa se apresentaram no ciclo Die Schöne Müllerin de Franz Schubert, durante o 11º Festival de Música de Ponta Grossa/PR. Em 2020, realizaram o recital virtual “O Canto em Língua Pátria”, com canções de Alberto Nepomuceno, no Salão Leopoldo Miguez da Escola de Música da UFRJ. Em 2023, lançaram, juntamente com o mezzo-soprano Lara Cavalcanti, o CD “Música na Corte e nas Ruas com Lieder de Sigismund von Neukomm”, em primeira gravação mundial e modinhas do período da independência do Brasil.

A série Concertos de Eva promove apresentações de recitais e concertos de formações camerísticas reafirmando a vocação da Casa Museu Eva Klabin como um espaço de fomento e difusão da performance musical. Esta iniciativa reafirma o legado de sua fundadora como uma incentivadora de artistas através da promoção de inúmeras apresentações musicais durante a sua vida neste espaço.

SERVIÇO:

Dia: 13 de julho (sábado), às 17h
Local: Casa Museu Eva Klabin (Av. Epitácio Pessoa, 2480 – Lagoa)
Entrada gratuita. Retirada dos ingressos a partir de 15h na bilheteria.
Capacidade: 80 pessoas
Classificação livre

Sobre Caê Vieira – tenor

Caê Vieira é Professor de Canto da UFRJ. Com histórico de atividades no Brasil, Alemanha e EUA, tem uma presença internacional no campo da música. Entre 2016 e 2018, foi professor na Minot State University (EUA). Na ópera, é classificado como um Heldentenor (Tenor Heróico), com voz metálica, timbre rico e encorpado em toda a tessitura. Por anos, cantou previamente como barítono, tendo sido visto como Figaro (Rossini), Guglielmo (Mozart), Jupiter (Offenbach) e Escamillo (Bizet), entre outros.

Silas Barbosa – piano

Um dos principais nomes da nova geração de pianistas brasileiros, Silas Barbosa é detentor de 18 prêmios em concursos de piano. Tem se apresentado no Brasil e em países como Espanha, França, Itália, Sérvia, Suíça e Portugal e é convidado frequente de várias orquestras brasileiras. Seu vasto repertório tem foco especial em compositores do Romantismo, Impressionismo francês e Canções Brasileiras. Atualmente é aluno do curso de doutorado em musicologia na Escola de Música da UFRJ, onde desenvolve pesquisa sobre o estudo deliberado do conteúdo emocional no repertório brasileiro para canto e piano.

Sobre Tomaz Soares – curador

Natural de Uberlândia, MG, Tomaz Soares é violinista. Integra o Quarteto de Cordas da UFF, o Quarteto Kalimera, a Orquestra Petrobras Sinfônica e a Orquestra Johann Sebastian Rio. Atuando como regente orquestral é um dos maestros da Academia Juvenil da Orquestra Petrobras Sinfônica. Tomaz é Mestre em Música pela Northwestern University Bienen School of Music (EUA) e Bacharel em Música pela Unirio. Recentemente, apresentou-se com o Quarteto de Cordas da Universidade Federal Fluminense (UFF) em turnê pela Inglaterra e Alemanha. Em 2018, com o Quarteto Kalimera foi premiado no Festival de Música Rádio MEC, dentre outras premiações no Brasil. Estreou inúmeras obras contemporâneas dos compositores Alexandre Schubert, Calimerio Soares, Eli-Eri Moura, Ernst Mahle, Jocy de Oliveira, dentre outros. Participou como intérprete das Bienais de Música Contemporânea Brasileira (FUNARTE-MINC) e do Panorama da Música Contemporânea Brasileira (UFRJ). Em 2009, recebeu o primeiro prêmio do 13º Concurso Nacional de Cordas Paulo Bosisio. Como spalla, atuou em diversas orquestras nos Estados Unidos e no Brasil, mais recentemente da Sinfonietta Carioca. Estudou violino com Shmuel Ashkenasi (EUA), Almita Vamos (EUA), Paulo Bosisio (RJ), Ricardo Amado (RJ), Luciano Ramos e Klemes Pires (MG), dentre outros.

Sobre a Casa Museu Eva Klabin:

Uma das primeiras residências da Lagoa Rodrigo de Freitas, a Casa Museu Eva Klabin reúne mais de duas mil obras que cobrem um arco de tempo de cinco mil anos, desde o Antigo Egito (3000 a.c.) ao impressionismo, passando pelas mais diferentes civilizações. A coleção abrange pinturas, esculturas, mobiliário e objetos de arte decorativa e está em exposição permanente e aberta ao público na residência em que a colecionadora viveu por mais de 30 anos. A Casa oferece programação cultural variada, que inclui, além das visitas ao acervo, exposições temporárias de artistas contemporâneos, oficinas, cursos e conferências para adultos e crianças. Enquanto referência no calendário cultural do Rio de Janeiro, a programação musical conta com a série Concertos de Eva, com os Concertinhos de Eva, dedicados ao público infantil, e com os shows de Nova MPB no jardim. Espaço de troca de ideias e aprendizados no presente, a Casa Museu mantém um diálogo constante com o passado e encontra sua originalidade na combinação entre o clássico e o contemporâneo.

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