De uma maneira geral, buscamos ser apreciados pelos demais. Nos empenhamos, esforçamos, dedicamos para que a nossa produção não seja apenas bem feita, mas também algo que agrade. Cultivamos a expectativa de termos criado algo bom e, consequentemente, de sermos admirados e reconhecidos pelo nosso comprometimento. Mas esse retorno nem sempre chega da maneira como esperamos.
Inúmeras vezes, ainda que tenhamos colocado muito de nós em alguma produção, ela – pelos mais diversos motivos – não é recebida com mesmo entusiasmo. Frequentemente isso nos deixa desmotivados e inseguros quanto a nossa capacidade de realização. As observações externas têm influência considerável na percepção que possuímos em relação ao nosso próprio modo de trabalhar.
Desse modo, receber comentários negativos a respeito do que foi por nós realizado, num primeiro momento, pode ser devastador. Quando tomamos como pessoal uma crítica direcionada a uma atividade, corremos o sério risco de estacionarmos. Perdemos de vista a oportunidade de aprender com nossos enganos e nos tornamos extremamente sensíveis a ideias que se oponham aos nossos planos.
Entretanto, escutar opiniões e críticas alheias pode nos auxiliar em nosso processo de crescimento profissional. Podemos perceber, de outro ângulo, novas formas de realizar uma tarefa ou um projeto, ao invés de focarmos no desconforto ou na frustração. E nesse sentido, ajustamos nosso foco em novas possibilidades que se abrem, nos impulsionando a um maior desenvolvimento de nossas potencialidades.
Assim, mesmo o nosso melhor, em algumas situações, pode não parecer o suficiente para as instituições. Porém, quando isso ocorrer, uma alternativa é buscar entender a perspectiva de quem ficou insatisfeito, conseguindo elaborar mais facilmente novos caminhos a serem traçados. O diálogo claro e simples continua sendo um meio positivo para se encontrar um denominador comum e, com isso, minimizar as insatisfações – de ambas as partes.
Psicóloga graduada pelo IBMR e Bióloga graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Possui pós-graduação em Psicologia Positiva e em Psicologia Clínica, ambas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.
Também é formada em Artes Cênicas pelo SATED do Rio Janeiro, o que a ajudou a desenvolver o Grupo Grão, projeto voluntário que atende pessoas socialmente vulneráveis, onde através de eventos lúdicos, busca-se a livre expressão de sentimentos por meio da arte.
Seus livros infantis “A noite de Nina – Sobre a solidão”, “A música de dentro – Sobre a tristeza” e “A dúvida de Luca – Sobre o medo” fazem parte de uma trilogia que versa sobre sentimentos por vezes vistos como negativos, mas que trazem algo positivo se olharmos para eles mais atentamente. Estes dois últimos inclusive entraram para a lista paradidática de uma tradicional escola montessoriana na cidade do Rio de Janeiro.
A ideia de escrever sobre o tema surgiu, após o nascimento de seu filho, como uma tentativa de facilitar o diálogo sobre emoções que frequentemente temos dificuldades para nomear, buscando assim acolher as descobertas que a criança experimenta psiquicamente.
A paixão pelo universo dos sentimentos infantis contribuiu também para a criação do “De Carona no Corona”, folheto educativo para crianças, relacionado à pandemia.