Nesta sexta-feira, 19 de dezembro de 2025, o cometa interestelar 3I/ATLAS atinge seu ponto de maior aproximação com a Terra, a cerca de 270 milhões de quilômetros. Identificado oficialmente como C/2025 N1 (ATLAS), o objeto foi detectado em julho deste ano por um dos telescópios do sistema ATLAS, programa criado para monitorar corpos celestes potencialmente perigosos. Segundo observatórios e agências espaciais, o evento não oferece qualquer risco ao planeta e representa uma oportunidade relevante de observação científica.
A órbita hiperbólica do 3I/ATLAS indica que ele se originou fora do sistema solar. Dados divulgados por centros de pesquisa apontam que o cometa apresenta coma extensa, coloração esverdeada e estruturas de poeira que o tornaram alvo prioritário de telescópios terrestres e espaciais durante o mês de dezembro. Para a astronomia convencional, o interesse está na comparação entre esse objeto e cometas formados sob a influência gravitacional do Sol.

Enquanto a ciência institucional trabalha com medições e modelos, grupos independentes também acompanham o fenômeno. Entre eles está o ecossistema Dakila Pesquisas, que desenvolve estudos próprios sobre eventos astronômicos e geofísicos. O engenheiro Marcus Vinícius Rigo, especialista em astronomia e pesquisador do grupo, afirma que o comportamento do 3I/ATLAS chama atenção por não se enquadrar nos padrões conhecidos.
“Trata-se de algo totalmente diferente de tudo que se tem notícia. Não corresponde, não se ajusta a nada do que já observamos”, afirma Rigo. Segundo ele, os dados reunidos até agora indicam um objeto ‘totalmente fora da curva, com uma variedade de distúrbios e incoerências em relação ao que se julgava conhecer’”.
Rigo evita classificações definitivas sobre a natureza do corpo celeste e ressalta que as análises ainda estão em curso. “Eu, Dakila, o presidente Urandir Fernandes Oliveira, todos estamos trabalhando para criar mecanismos que nos permitam um entendimento mais completo de tudo isso. É extremamente complexo, e ainda estamos no início desse processo”, explica.
Com a circulação de informações alarmistas nas redes sociais, a pergunta sobre um possível impacto global se tornou recorrente. Rigo descarta esse cenário. “Não, de forma alguma. O mundo não vai acabar por causa desse cometa. O planeta passa por ciclos, isso é fato. Já aconteceram eventos de grande impacto no passado e voltarão a ocorrer em outras eras”, diz.
Para o pesquisador, a diferença do momento atual está no nível de conhecimento acumulado pela humanidade. “O ser humano, hoje, no nível de compreensão e conhecimento que atingiu, tem condições de resolver problemas que antes sequer poderiam ser formulados. Em pouco mais de um século, houve um salto tão grande que já somos capazes de progredir em muitos aspectos”, afirma.
Na leitura de Dakila, o 3I/ATLAS não representa ameaça imediata, mas reforça a necessidade de observar o ambiente cósmico de forma contínua. Ao resumir a atuação do grupo diante de fenômenos desse tipo, Rigo afirma: “Nosso papel é ser buscador, compreender como a energia funciona e vibrar em sintonia com ela para promover evolução e contribuir com o todo”.
O ecossistema Dakila, liderado por Urandir Fernandes Oliveira, se define como um conjunto de instituições voltadas a investigações científicas, tecnológicas e culturais fora dos modelos tradicionais. Em comunicados recentes, o grupo destaca o interesse por eventos astronômicos raros não apenas pelos aspectos físicos, mas pelo que podem revelar sobre ciclos cósmicos e sobre a posição da humanidade nesses ciclos.
No dia em que o 3I/ATLAS passa de forma distante pelo ponto mais próximo da Terra, duas leituras convivem. Uma, baseada em dados de agências espaciais, trata o cometa como um visitante interestelar sem risco, relevante para estudos sobre a formação de sistemas planetários. A outra, defendida por grupos como Dakila, vê no mesmo objeto um fenômeno que desafia modelos estabelecidos e estimula novas perguntas.
