Cláudia Sperb é uma artista visual nascida em 1965 em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, Brasil. Sua jornada artística é marcada por uma paixão contínua pela expressão criativa, que ela tem explorado e aprimorado ao longo dos anos. Com uma sólida formação acadêmica e uma ampla gama de experiências artísticas, Sperb emergiu como uma figura proeminente no cenário artístico contemporâneo.
Sperb iniciou sua jornada artística com uma base sólida, obtendo sua licenciatura em Artes Visuais pela FEEVALE, em Novo Hamburgo, em 1991. Durante seus estudos, mergulhou na técnica da xilogravura, um processo de impressão em que uma imagem é esculpida em um bloco de madeira e posteriormente utilizada para imprimir sobre papel ou tecido. Desde então, a xilogravura tem sido uma parte essencial de sua expressão artística, permitindo-lhe explorar temas e narrativas de forma única.
Os primeiros trabalhos de Cláudia eram caracterizados por padrões geométricos abstratos, refletindo uma exploração inicial de formas e estruturas visuais. No entanto, sua jornada artística tomou uma nova direção após uma experiência transformadora na Índia, onde ela encontrou inspiração nas serpentes. Desde então, as serpentes têm desempenhado um papel central em sua obra, tornando-se um tema recorrente e significativo.
Uma das realizações notáveis de Sperb é o “Caminho das Serpentes Encantadas”, um parque de mosaicos aberto ao público, localizado no início da Mata Atlântica e na Serra Gaúcha. Este espaço único combina a arte da xilogravura com a beleza natural do ambiente, criando uma experiência imersiva que visa sensibilizar e inspirar através da arte e da natureza.
Além disso, Sperb também criou o “Jardim das Serpentes”, uma extensão de sua expressão artística que incorpora elementos naturais e esculturais, criando um ambiente que evoca a sensação de magia e mistério associada às serpentes.
O trabalho de Sperb é distintivo por sua originalidade e criatividade, que são fundamentadas em sua rica bagagem de experiências e influências pessoais. Ela atribui sua imaginação e inspiração à sua avó, uma florista, poetisa e jogadora de tênis, que compartilhou histórias sobre as serpentes que “arrotavam” as flores. Essas narrativas familiares se tornaram uma fonte de inspiração para Sperb, informando sua interpretação única do mundo natural e da vida selvagem.
As xilogravuras de Cláudia são notáveis não apenas por sua técnica habilidosa, mas também por sua capacidade de evocar uma variedade de emoções e significados. Suas flores em grande escala, por exemplo, exemplificam a fusão de elementos naturais e imaginativos, criando uma visão única e cativante do mundo ao seu redor.
Ao longo de sua carreira, Sperb recebeu reconhecimento por seu trabalho, incluindo prêmios como a Menção Honrosa no Salão Nacional de Universitários de Goiás em 1991 e a Aquisição pelo Museu de Arte de Belém em 2004. Seu impacto no cenário artístico também se estende além das fronteiras do Brasil, com sua participação como Comissária da Bienal Douro em Portugal em 2020, demonstrando seu alcance e influência internacional.
Em resumo, Cláudia Sperb é uma artista visionária cuja obra reflete uma fusão de técnica, imaginação e experiência pessoal. Sua exploração contínua da xilogravura e sua conexão com a natureza resultaram em um corpo diversificado de trabalho que continua a cativar e inspirar públicos em todo o mundo.
