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Cauê Fantin: o criador que transformou o feed em cinema e o vertical em revolução

Pop Journal
4 min. leitura

Vencedor do Prêmio Kwai 2024 como Melhor Criador do Ano, o jovem diretor e roteirista Cauê Fantin construiu, em apenas dois anos, um império digital com faturamento superior a R$ 10 milhões. Ele é o nome por trás de uma das maiores viradas criativas da internet brasileira: o cinema vertical. Enquanto o mundo ainda discutia se o formato em pé seria o futuro, Cauê já o transformava em arte.

Tudo começou de forma simples, durante a pandemia. Entre uma ideia e outra, o que era apenas um hobby virou profissão — e, em poucos meses, milhões de pessoas passaram a acompanhar suas produções criativas, dinâmicas e cheias de emoção. Antes da fama, Cauê chegou a cursar Direito e Nutrição, mas foi na criação digital que encontrou seu propósito. No fim de 2020, decidiu estudar o comportamento das redes, mergulhou nos segredos do algoritmo e entendeu o poder das histórias narrativas na era dos vídeos curtos.

Logo no início, Cauê chamou a atenção do aplicativo Kwai, que o convidou para integrar um movimento inédito: o nascimento das novelas e séries verticais no Brasil. A parceria virou um divisor de águas — ele foi um dos primeiros criadores a profissionalizar o formato, unindo estética cinematográfica à agilidade digital e provando que conteúdo de rede também pode ter alma de cinema.

“Naquela época, o termo cinema vertical nem existia. A gente estava descobrindo como adaptar o olhar do cinema tradicional para o celular. Não era só virar a câmera, era criar uma nova linguagem”, conta Cauê.

Entre 2021 e 2022, o criador ultrapassou 200 milhões de visualizações em um único mês no Kwai, consolidando-se como um fenômeno. Mais de 25 criadores formados por ele atingiram 1 milhão de seguidores — mostrando que Cauê não só criou um formato, mas também uma geração inteira de storytellers.

Em 2022, lançou sua primeira série de peso, “Romeu e Julieta”, que rapidamente conquistou 600 mil inscritos no YouTube. Em seguida, veio “Se Eu Fosse a Alícia”, uma releitura moderna e divertida de Se Eu Fosse Você, que ultrapassou 100 milhões de views. Mas o grande boom veio com “Copa dos Sonhos”, em dezembro de 2022 — uma história sobre futebol, amor e superação que alcançou 180 milhões de visualizações em apenas um mês, tornando-se um marco para o audiovisual digital brasileiro. A segunda temporada, lançada em 2023, deu protagonismo ao futebol feminino e debateu o impacto das casas de apostas, sendo elogiada por valorizar o papel das mulheres nas telas. No mesmo período, Cauê também lançou “Sherlock Holmes e o Mistério do Futuro”, marcando um salto em qualidade técnica e narrativa — reflexo do estudo profundo de cinema que passou a fazer.

Hoje, Cauê é sócio de uma produtora especializada em conteúdo vertical, com 26 séries originais e 10 milhões de seguidores. Entre os lançamentos recentes estão “365 Motivos”, indicada ao Rio Web Fest 2025 como Melhor Websérie Vertical, e “Mentira Viral”, criada para o lançamento de um modelo de celular recente.

Mais do que um sucesso digital, Cauê Fantin é um símbolo da nova era do entretenimento brasileiro — uma era em que o cinema cabe na palma da mão.

“Durante muito tempo me chamaram de sonhador. Eu só queria mostrar que dava pra fazer cinema em um novo formato, com o coração. Hoje, ver o Brasil inteiro se movendo nessa direção é a maior recompensa.”

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