Entre risos sem parar, a vencedora do Globo de Ouro em 2014, “Brooklyn Nine-Nine” é considerada uma das maiores séries de comédia da última década. A História gira em torno de Jake Peralta (Andy Samberg), o talentoso e despreocupado detetive do 99º distrito do Brooklyn que, junto ao seu grupo eclético de colegas, lida com um capitão relaxado no escritório. Tudo muda quando o novo e cronicamente tenso capitão Ray Holt (Andre Braugher) chega à delegacia disposto a fazer com que esse grupo disfuncional de detetives se torne o que há de melhor no Brooklyn.
O seriado não se esquiva ao tratar sobre assuntos mais sérios e é um exemplo da importância da representatividade nas obras atuais. Logo no início, somos apresentados ao Capitão Ray Holt (Andre Braugher), o chefe da polícia que é negro e possui um relacionamento homoafetivo e interracial com um outro homem. Longe de ser estereotipado, seu personagem é sério, rígido e possui uma personalidade muito forte. Sua sexualidade é tratada com extrema naturalidade, o que é um alívio e uma surpresa ao considerarmos uma trama que gira em torno de uma delegacia de polícia, um ambiente considerado opressor e machista.
Além disso, o seriado faz um bom trabalho em explorar com profundidade o background e a história por trás de seus personagens. E a representatividade analisada no parágrafo acima contribui para a riqueza da trama. A personalidade de cada personagem se sobressai em um momento de necessidade, o que acaba por gerar uma interatividade única, sendo uma excelente demonstração da máxima “a união faz a força”. É bem difícil ter um personagem de destaque, já que todos têm suas devidas importâncias e relevâncias durante as temporadas, o que torna tudo ainda mais interessante e as situações mais engraçadas, absurdas ou até mesmo extremamente pesadas.
Apesar de ser uma sitcom, seu lado investigativo é bem desenvolvido e envolvente. Há de tudo um pouco: de perseguições a policiais disfarçados. Algumas vezes, o caráter investigativo do seriado e os casos explorados pelos policiais acabam por modificar a linha narrativa de seus protagonistas, fazendo com que a série seja uma perfeita mescla entre a comédia e a narrativa policial.
Brooklyn Nine Nine é uma comédia que faz gargalhar como poucas, pois ela foi elaborada não somente para o humor, até porque, ela não precisa humilhar ou fazer piadas sobre assuntos delicados para serem tratados. Os produtores e atores conseguem abordar todos esses assuntos de uma maneira que a série não perca sua essência e muito menos deixe de ser uma comédia ao abordar assuntos sérios. Tanto que eles conseguem entregar um resultado bom e satisfatório em uma série que tem em média duração de apenas 21 minutos.
A série, criada por Daniel J. Goor e Michael Schur, possui atualmente sete temporadas e pode ser sintonizada pela Netflix e pelo Warner Channel, canal de televisão por assinatura. Inclusive, a NBC, sua emissora de exibição original nos EUA, anunciou a oitava e última temporada da série, que teve a estreia adiada, em decorrência da pandemia de COVID-19, o novo coronavírus.
Sem dúvidas, será uma série que fará falta, principalmente para os amantes de uma boa comédia como Brooklyn Nine Nine é, que retrata desde “Duro de Matar” até a questão da adoção, sem perder o seu lado inteligente.
Gabriel Ferreira – Estudante de Jornalismo
Me interessei pela série, deve ser bem engraçada já que tem o pai do Cris! hahaha
Larissa, acredito que você irá gostar! A série é ótima!
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