Contratar um serviço de BPO Financeiro (terceirização de processos de negócios) deixou de ser exclusividade de grandes corporações. Segundo Benedito Aguiar, consultor de negócios da Campos Aguiar Consultoria, as pequenas e médias empresas e até startups estão cada vez mais recorrendo à terceirização da área financeira para ganhar eficiência, reduzir custos e ter informações claras para decisões estratégicas.
De acordo com a IMARC Group, empresa global especializada em análise de mercados, o setor de BPO financeiro no Brasil movimentou cerca de R$ 26,8 bilhões em 2024 e deve crescer 11,7% ao ano até 2033, alcançando aproximadamente R$ 78 bilhões. O avanço é impulsionado pela busca das empresas por redução de custos, digitalização de processos e maior controle sobre as finanças.
“Além de cortar despesas com pessoal e estrutura, o BPO dá ao empresário o controle real da saúde financeira do negócio. Ele passa a ter relatórios claros, visão de fluxo de caixa e custos, o que reduz riscos, evita fraudes e até facilita processos de sucessão entre sócios ou herdeiros”, explica Benedito.
Outro ponto importante é a segurança das informações. O serviço permite rastreabilidade de dados e conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), o que evita problemas legais e garante transparência.
A terceirização financeira também simplifica processos de sucessão empresarial, um dos desafios mais sensíveis em pequenas e médias empresas brasileiras. “Com controles financeiros organizados e acessíveis, a transição entre gerações ou novos sócios ocorre de forma tranquila, sem disputas ou incertezas sobre a real situação financeira da empresa”, afirma Benedito.