Eduardo Valdetaro, nascido em 1979 em Cingapura, une sua paixão pela arte à profunda conexão que desenvolveu com a terra. Residindo e trabalhando em Registro, Brasil, Valdetaro se destaca não apenas como um artista visual, mas também como um agricultor comprometido com sistemas agroflorestais. Sua jornada de produção artística e de plantio é impulsionada pela busca de pertencimento, pela cura da alma e da terra, resultando em uma prática multifacetada e inspiradora.
Da Terra às Mãos
A essência do trabalho de Valdetaro reside na interseção entre sua expressão artística e a dedicação à agricultura sustentável. No Vale da Ribeira, ele mergulhou na terra, plantando mais de setenta mil plantas variadas, uma manifestação tangível de sua conexão com a natureza. Sua abordagem única une a sensibilidade artística à sabedoria agrícola, buscando harmonia entre o homem e o meio ambiente.
Desde 2016, Valdetaro tem se dedicado à criação de obras em cerâmica e escultura, estudando as possibilidades expressivas desses meios. Sua abordagem artesanal e experimental incorpora o acordelado com metais oxidados e experimentos com fundição, resultando em peças que transmitem autenticidade. Cada obra é uma reflexão de sua jornada pessoal e sua conexão com o ambiente ao seu redor.
Ambiente e o Espaço
As séries recentes de Valdetaro abordam uma variedade de temas que refletem suas preocupações e interesses, desde a reflexão sobre o impacto humano no meio ambiente como na série “Sabedoria Perdida” até a contemplação da morte de corpos físicos e celestes em obras como “Guardiã Lunar” e “Matéria Escura”. Suas obras transitam entre o local e o cósmico, abordando temas como as civilizações do futuro, a cena techno underground e também reflexões sobre a evolução cultural e social.
Uma Jornada em busca de Equilíbrio
Eduardo Valdetaro personifica a fusão entre arte e natureza, entre o homem e a terra. Sua prática artística e de plantio não são apenas uma expressão de talento, mas também um testemunho de sua profunda conexão com o mundo ao seu redor. À medida que ele continua a expandir os limites da expressão criativa, Valdetaro nos convida a refletir sobre nossa própria relação com o ambiente e a busca contínua por harmonia e equilíbrio.