Nascida em Guarulhos, São Paulo, ela diz que sempre soube ser homossexual. Mas apanhou do pai por isso e, achando que era “anormal”, frequentou a igreja evangélica e namorou meninas na esperança de ser “curada”.
Afirma ainda que foi abusada sexualmente por um amigo da família, mas, quando contou para a mãe, foi acusada de tentar destruir a vida do agressor. No início de abril, um vídeo extraido de seu talk-show “De Frente com Barcllay” em que conta sua história teve mais de 1,8 milhão de visualizações no Facebook.
Expulsa de casa aos 15, quando decidiu não mais esconder a homossexualidade, Sophia tentou abreviar a vida, recebeu ajuda de amigos e descobriu o mundo drag. A partir daí, planejou viver de shows. Hoje morando no Rio de Janeiro, cidade da mãe, criou lives para a quarentena, em que conta sua experiência, dá conselhos e entretém.
Foi numa Parada LGBT no Rio que conheci o mundo drag. Falaram que eu lembrava Pabllo Vittar e me vestiram como ele. Gostei tanto que comecei a me montar sempre, e quando isso acontecia, eu esquecia de tudo que passei. Por isso falo que a arte drag me ajudou a sair da depressão.
“Eu tenho muito orgulho do programa e adoro desconstruir tabus”
“Eu acho legal tocar em assuntos levemente tabus por um viés da curiosidade humana, sem ficar com medo. Por exemplo, o sexo. É uma coisa tão rotineira na nossa vida, como pode ser tabu ainda falar um cadinho de sexo? E nós estamos lá”, contou. O programa “De Frente com Barcllay” aborda assuntos como monogamia, fama, além da onda dos influenciadores digitais. Para isso, Sophia receberá convidados como médicos, psicólogos, sexólogos e também celebridades.