Alunos do Rio de Janeiro são destaque em competição internacional de matemática

Mais de três mil e oitocentas escolas brasileiras participaram da competição totalizando cerca de setecentos e cinquenta mil alunos em todo o Brasil

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Canguru Matemática é um dos torneios internacionais mais importantes do mundo e que mobiliza alunos em diversos países. Destinado a estudantes do 3° Ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio; contempla seis diferentes categorias com um total de 24 ou 30 testes de múltipla escolha, a depender do nível estabelecido.

Esse ano, mais de três mil e oitocentas escolas brasileiras participaram da competição totalizando cerca de setecentos e cinquenta mil alunos no Brasil todo. Os certificados de participação e as medalhas já foram entregues às escolas participantes, que, no geral, realizam cerimônias internas para celebrar os medalhistas da competição. 

Alunos da escola ESB Rio de Janeiro, localizada na Barra da Tijuca, foram medalhistas no Brasil. Ao todo, 43% dos alunos da instituição receberam a premiação. Já na SIS Swiss International School de Brasília, 39 alunos foram medalhistas, representando 41% da escola. Um número alto de participantes inscritos e premiados, elevando a participação brasileira na competição. 

Sibelli Masotti, coordenadora da educação infantil e do ensino fundamental da SIS Brasília atribui o sucesso dos alunos à maneira como a matemática é introduzida desde os anos iniciais. “Temos uma abordagem contextualizada. Em vez de apresentarmos os conceitos matemáticos e buscarmos situações de vida nas quais eles se encaixam, fazemos o caminho inverso: apresentamos uma situação da vida real, que seja interessante para o aluno e aí sim, descobrimos os conceitos matemáticos ligados a ela.”. Parece uma mudança simples, mas que traz ganhos enormes ao processo de aprendizagem. 

No ranking mundial países como China, Japão, Estônia, Suíça, Holanda, Polônia, Canadá, Dinamarca, Eslovênia, Bélgica, Finlândia, Alemanha, estão entre os países com maior pontuação da PISA (Programme for International Student Assessment)

A unidade de Brasília segue o método Suíço, cujo foco está mais na resolução do problema do que na síntese dos conceitos matemáticos obtidos com o resultado. “Incentivamos que os alunos encontrem seu próprio caminho para a solução do problema e usamos muito o cálculo mental, que faz com que eles compreendam melhor a natureza dos números, incluindo suas relações e propriedades”, explica Maira Toepper, professora da escola SIS do Rio de Janeiro há mais de 25 anos. 

Ela também destaca a importância do erro durante o processo do aprendizado da matemática “O erro é comum e o que queremos é que os alunos reflitam sobre ele. Valorizamos o ensino da matemática junto com o desenvolvimento metacognitivo, que é quando o estudante consegue identificar como aconteceu o seu aprendizado.” 

Não é por acaso que a Suíça sempre configura entre os primeiros colocados no ranking do PISA em conhecimentos matemáticos. Na última análise realizada, a porcentagem de alunos suíços com melhor desempenho em matemática é uma das mais altas entre os países participantes. A Suíça também tem uma longa tradição de pesquisa e inovação em diversas áreas, incluindo matemática e ciências. 

A Escola de Brasília faz parte do grupo internacional SIS Swiss International School, que tem 17 escolas na Suíça, na Alemanha e no Brasil e é conhecida por manter uma comunicação mais low profile sem grandes exposições, um jeito bem suíço por sinal. 

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