Há pouco mais de 10 anos, Miguel Rodrigues e Leandra Aieedo se uniram em uma nova produtora, fruto de um sonho em comum. Comédia, romance, terror, a Take a Take Films vem inovando a cada projeto e em 2024, planeja grandes lançamentos, como os longas “Abismos”, com Aline Campos, “Tipo Assim”, e a coprodução com Equilíbree Filmes em “Breves Momentos de Verão”. Ex-modelo internacional, além de sócia, Leandra cumpre o papel de produtora executiva e revela que almeja levar as produções nacionais às maiores premiações do mundo.
Confira:
– Você viveu uma carreira de sucesso como modelo. O que a motivou mudar para o audiovisual?
Sempre gostei muito de cinema, lembro da minha infância. Na minha cidade não havia nenhuma sala de cinema e a prefeitura montou uma sala para todos da cidade assistirem “E.T, O Extraterrestre” lembro deste dia até hoje eu tinha apenas 5 anos e o tamanho da imagem da tela e a estória contada me fez ver um mundo de possibilidades.
Quando conheci o Miguel, ele estava dirigindo a série “Na Forma da Lei” e na época eu tinha me formado em moda, então ele me chamou para desenvolver o figurino de uma personagem (interpretada por Monique Alfradique). Minha formação em marketing e moda me conectou ainda mais a continuar no audiovisual, assim passando a ser produtora executiva da Take a Take Films.
– E em que momento percebeu que era realmente isso que gostava de fazer?
Acredito que quando assumi a produção executiva da Take a Take. Daí vi realmente o que era produzir audiovisual e ter sua produção reconhecida tanto pelos exibidores quanto pelo público.
– O Dia da Mulher é hoje. Qual é a sua dica para mulheres que também querem investir no audiovisual?
Se profissionalizem e acreditem na capacidade de vocês, tanto na área executiva de produção quanto na área de criação. Assim teremos um percentual bem maior de mulheres capazes de atuar na área do audiovisual. Sinto falta de produzir com uma equipe de mulheres em certas produções. Por exemplo, nesta última produção que fiz o curta-metragem “Sônia”, a diretora era mulher, tínhamos também mulheres na produção, na fotografia, na elétrica, área onde poucas mulheres atuam no mercado audiovisual.
– Quais os maiores desafios que você enfrentou desde que decidiu apostar nessa carreira?
Acho que o maior desafio é conseguir vender produções independentes e até mesmo produção que possuem financiamento. O mercado audiovisual visa muito grandes nomes no elenco para alavancar o faturamento daquela obra.
– Onde você ainda almeja chegar? Quais são os próximos passos?
Ao Oscar, é claro! (Risos) E produzir mais e mais longa-metragens com grande elenco e continuar dando oportunidade a atores talentosos que o mercado ainda não descobriu.
É muito bom ver esses novos talentos desabrochando para o sucesso e nós produtores executivos, diretores e donos de produtoras temos o dever de dar a oportunidade para estes novos talentos.