A representatividade na música que quebra tabus e preconceitos

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A diversidade na música brasileira é um show à parte, tanto que de uns anos para cá estamos vendo drag queens performáticas ganharem visibilidade no cenário musical nacional. E tudo começou ganhar força após a mais famosa delas, Pabllo Vittar, em 2015, estourar com a música Open Bar, releitura de Lean On, do grupo de música eletrônica Major Lazer.

Essa foi a porta de entrada para várias drags se jogarem no mundo da música pop, e muitos desses artistas com estilos extravagantes vêm conquistando seu espaço no universo musical como; Lia Clark, Aretuza Lovi e Glória Groove, esses são alguns exemplos do segmento que estão dominando o pop nacional com músicas no topo das paradas.

E foi daí que surgiram a inspiração de Cleytinha e Rosy, duas drags que estão em alta na internet, ambas seguem levando suas músicas de Goiânia para o Brasil. A dupla de amigos performáticos que se assumiram drags embarcaram na onda do funk. Com repertórios contagiantes, batidas dançantes, Cleytinha e Rosy é um achado na música e seguem despontando no cenário e ganhado uma legião de fãs com vídeos clipes lançados em ritmos ecléticos que vão do brega ao pop latino.

O começo de um sonho

Com o nome de batismo Cleiton Júnior, 21 anos, e o nome Artísitico ‘’ Cleytinha’’, e Rosimario, 18 anos a ‘’Rosy’’, jovens nascidos e criados no interior do estado de Tocantins, em uma pacata cidade, chamada Combinado, com cerca de 4 mil habitantes. Segundo os cantores a arte sempre esteve presente tanto na vida de um quanto de outro, Cleiton já conseguia despontar como dançarino, Rosy soltava a voz no coral da igreja onde frequentava. Uma amizade que começou em 2015, na escola que estudavam. Os artistas tiveram a ideia de se juntarem para planejar o futuro, mas tinham um certo medo de enfrentar a vida devido críticas e preconceitos que já sofriam diariamente na pequena cidade que moravam.

Tudo começou a mudar quando o irmão de um deles, compositor e cantor resolveu presenteá-los com uma música, começaram a ficar conhecidos em Combinado. Veio daí as diversidades e muito preconceito, um fato triste que a dupla nunca esqueceu aconteceu no colégio que estudavam, na primeira vez apresentando como cantoras drags, ambas chamaram bastante atenção, olhares impressionados e de repúdios. O aluno responsável pela sonoplastia do evento, boicotou playback criando várias vaias, até desligarem o microfone da Rosy, no dia ouve muitas vaias e chinganentos homofóbicos dos presentes no local.

Mesmo com tantas críticas e preconceito, Cleytinha e Rosy não desistiram, e aí resolveram tentar a carreira musical na capital de Goiás, Goiânia, os artísticas embarcaram com a cara e coragem dispostas enfrentar barreiras e quebrar quaisquer tipos de tabus. Os funkeiros tem orgulho de suas origens, histórias onde dois meninos afeminados longe de casa, da família, seguem em busca de um sonho, onde várias pessoas repreendem o trabalho mesmo assim não desistiram, eles afirmam que pretendem ser inspiração para muitos gays que sofrem descriminação no meio.

Futuro da carreira

E para quem é fã da dupla aguardem! As drags garantem que vem muita coisa boa por aí, músicas novas em um álbum inovador, planos para o primeiro semestre de 2022, onde virão muitas composições originais singles bem dançantes e com parcerias. A pegada das músicas serão bem parecidas com o sucesso da dupla ‘’ Tu Vai Amar’’, clipe lançado na internet e plataformas digitais que já é um sucesso em todo Brasil, para escutar e assistir o clipe basta acessar a redes sociais dos artistas ou o canal do YouTube.

Vitor Santos – jornalista graduado e roteirista de telenovela audiovisual

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